quinta-feira, 13 de março de 2014

Na estrada do tempo

“Isso se chama tempo: Uma estrada que ninguém quer trilhar. Passamos a vida tentando atalhos... e atalhos encurtam caminhos... logo estamos nós de novo na estrada, só que com o viagem bem adiantada. E descobrimos que perdemos a paisagem da viagem que evitamos.”

“Só agora você me fez perceber que, como mãe irresponsável, estive todo tempo parindo e abandonando poesias. Cuspindo e cuspindo e cuspindo poesias... Quantas órfãs deixei pela vida?... Onde estarão todas elas?”

“Quando não há nada para fazer, o tempo para. Quando o tempo para, não há mais nada a fazer.”

“Quando olho a foto de um amigo, penso: Eis a foto de um futuro antepassado. Quando olho minha foto, constato que, à revelia do tempo, eu também sou um antepassado. Oh, Deus, eu sou o pretérito do futuro!”

“Na relação a dois, tudo se estabelece em decorrência das escolhas de ambos - na guerra, na paz -, no ódio, no amor. Aqueles momentos da vida a dois são frutos da cumplicidade estabelecida pelo passar do tempo, pela marcha da vida. Muito pouco, ou nada, pode-se dizer que fora construído isoladamente por apenas um. Na convivência, o tempo é o ferro, os sentimentos, quaisquer que sejam, são a solda, e ambos fundem, de tal forma, essas duas criaturas, que não se distingue mais onde começa uma, nem onde termina a outra.”

“Minha jovem, não torça para o tempo passar, pois você terá o resto da sua vida pra desejar que este mesmo tempo volte”.

“Todos nós somos terminais. A questão é quanto tempo vamos ficar terminando.”

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