“Cá entre nós, acho que o sentir é o efeito do
pensar, em nosso aparato emocional. Por outro lado, o pensar traduz o
sentir. Não há sentir, se não houver pensar. Não há por que
pensar, se não for para sentir. Ambos se constróem, se nutrem, se
consomem, se destróem. Mas se mantêm vivos um ao outro.”
“O sentir surge, quando não mais damos conta do
pensar. O pensar retorna, quando sucumbimos ao peso esmagador do
sentir.”
"Cada momento crítico desperta no ser humano, uma
demanda diferente sobre o tempo - paralisar, retornar, acelerar, e
retardar. Segurar alguém, durante uma queda, por exemplo, demanda
necessidade de parar o tempo. Em outras situações, o sujeito sente
vontade, não de puxar o tempo pela capa, para que volte atrás, mas
de pisá-la, de modo a imobilizá-lo."
“Eu gosto dessas coisas abstratas, dessas que ninguém
vê, dessas que ninguém toca, mas dessas que todos sentem.”
“Há coisas que liberam o sentir da alma, e faz com
que sintamos a alma como se fosse corpo, e faz-nos desaparecer o
corpo, como se fosse algo imaterial... chegamos a perder consciência
de sermos um corpo pensante. Adormece o corpo, e desperta a alma. Mas
a alma se vê inadequada, para se ajustar às coisas que são do
corpo, ou para o corpo. Começa, então, a dormência emocional... a
alma precisa voltar à sua condição, e desistir da aventura,
ficando sua experiência corpórea apenas no ‘quase’... e a gente
escuta vindo de longe: - Acorda! parece que vive no mundo da lua! A
verdade é que há coisas que fazem com que o corpo se atreva a ser
alma, e a alma ouse ser corpo, e tudo isso é muito lisérgico.”
"Existe um sentido de percepção da vida que não
se enumera de um a seis. Um sentido que só é conhecido por quem o
experimentou, e, mesmo assim, impossível de ser descrito, por ser
desintegrável, como os retalhos das cinzas que sobrevoam a fogueira,
quando tentamos tocá-los.”
“O mais importante pra mim é sentir, e falar sobre
esse sentir.”
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